O Instituto de Química da Universidade Federal Fluminense (UFF)
O Instituto de Química da UFF foi inaugurado em 1968, pelo decreto 62.414, de 15 de março de 1968, que criou oito novas unidades de ensino na UFF1. No momento de sua criação, oferecia créditos apenas para os estudantes de Farmácia2, mas, com os desdobramentos ocorridos a partir da Reforma Universitária, passou a disponibilizar disciplinas também para os cursos de Engenharia, Nutrição, Medicina Veterinária, Física e Geografia. Dois anos depois, em 8 de março de 1970, o Conselho de Ensino e Pesquisa (CEP), através da resolução 16/70, autorizou o início das atividades do primeiro curso da unidade, a licenciatura em Química, que foi iniciado no segundo semestre do mesmo ano. Sua primeira turma formou-se em 19743.
A partir de 1976, intensificou-se o processo de crescimento do IQ, com o reconhecimento da Licenciatura em Química pelo Conselho Federal de Educação, através do decreto nº 78.519, de 30 de setembro de 1976, e com a implementação do curso de Química Industrial no mesmo ano, reconhecido pelo Ministério da Educação através da portaria 415, de 15 de agosto de 1979. Foi também o momento de construção de bases e de consolidação da posição do instituto na universidade4, que durante todo esse período, dispunha apenas de um departamento. Em 1984, o Departamento de Química foi desmembrado em outros cinco: Departamento de Química Analítica, Departamento de Química Geral e Inorgânica, Departamento de Química Orgânica, Departamento de Físico-Química e Departamento de Geoquímica. Nesse mesmo ano, foi criado o curso de bacharelado em Química5.
Hoje, a graduação em Química da UFF forma profissionais capazes de atuar no ensino médio e superior, na pesquisa, com a realização de ensaios, estudos, experimentos e análises de caráter prático relacionado à composição e transformações de propriedades químicas de substâncias, e em indústrias, conforme a habilitação escolhida pelo estudante, disponibilizando as seguintes habilitações: licenciatura em Química, bacharelado em Química e graduação em Química Industrial, cada qual com duração mínima de oito e máxima de 16 semestres letivos6.
Ao longo dos últimos 30 anos, a expansão do IQ também se fez notar com a oferta de disciplinas para outros cursos da UFF, dentre os quais Ciências Biológicas, Engenharia, Engenharia do Petróleo, Veterinária, Nutrição, Química Industrial e Farmácia7. Durante essa trajetória, foram desenvolvidos os campos da pesquisa, da pós-graduação e da extensão8. Dispõe de dois programas de Pós-Graduação Stricto Sensu, nos níveis de mestrado e doutorado, um em Geoquímica e o outro em Química. O Programa de Pós-Graduação em Geoquímica é um dos mais antigos da universidade. Seu mestrado foi implementado em 1972 e o doutorado em 1991, ambos com área de concentração em geoquímica ambiental e voltados para a formação integrada de docentes do magistério superior e de pesquisadores, que atendam às necessidades de desenvolvimento do país9. Além de ser um dos mais antigos, é um dos mais conceituados, com conceito 6 da Capes.
O Programa de Pós-Graduação em Química, em nível de mestrado e doutorado, surgiu em 2008, da unificação de dois outros programas: o de Química Orgânica e o de Química. De caráter interdepartamental, busca promover a formação e o aprimoramento de alto nível voltado para o ensino e para a pesquisa, visando desenvolver pesquisas que contemplem todas as áreas de concentração da química, que se reflete nas diferentes linhas de pesquisa, como cinética e catálise; desenvolvimento e aplicação de métodos analíticos; eletroquímica e nanomateriais eletroativos; espectroscopia; modelagem molecular e química computacional; química ambiental; química bioinorgânica, bioorgânica e bioanalítica; química de petróleo, gás natural e combustíveis alternativos; química de produtos naturais; compostos e materiais moleculares; e síntese orgânica10.
O Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências da Natureza da Universidade Federal Fluminense oferece o mestrado profissional nessa área. Foi reconhecido pela Capes em dezembro de 2011, com área de concentração em Ensino de Química e Ensino de Física, e três linhas de pesquisa: novas tecnologias de informação e comunicação para o ensino; ensino-aprendizagem; e educação em ciências e a divulgação científica. O objetivo do programa é proporcionar ao discente formação sólida, reflexiva e crítica, apoiada tanto na prática quanto no conhecimento de pesquisas nas áreas de ensino das ciências11.
O instituto desenvolve pesquisas em seus laboratórios e em conjunto com os departamentos de ensino e os programas de pós-graduações. Os laboratórios de Difração de Raios X e Cristalografia (LDRX); Espectroscopia Vibracional (Lasia); Química Teórica e Química Computacional (LQC); Síntese e Estudo de Materiais Moleculares (Magmol) e Síntese Inorgânica (LFRX)12 estão vinculados ao Departamento de Química. O Departamento de Química Orgânica conta com mais de 20 laboratórios: 14 deles envolvidos com pesquisa, cinco voltados para a graduação, um de Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (HPLC), um de Infravermelho, um de Ultravioleta e um de Espectroscopia de Ressonância Magnética Nuclear (RMN). As linhas de pesquisa desenvolvidas no Departamento de Química Orgânica contemplam as seguintes áreas: síntese orgânica; química dos produtos naturais; ensino de química; química ambiental; química de petróleo, gás natural e combustíveis alternativos; espectroscopia; modelagem molecular e química computacional e fotoquímica13.
No trabalho desenvolvido pelo Instituto de Química no campo da extensão, o Departamento de Físico-Química desenvolve o projeto Em Busca de Uma Cidade Segura e outros voltados diretamente para a área educacional, como a preparação de alunos da comunidade para as provas do Enem e os pré-vestibulares: Solidário X, Popular Motivação e Universitário Reação14. A área de química analítica desenvolve o curso de Nivelamento em Química15, e o Departamento de Química Geral e Inorgânica atua nas áreas temáticas de instrumentalização e contextualização para o ensino das ciências, lixo tecnológico: recuperação e andamento de seus componentes, gestão de resíduos químicos no Instituto de Química da UFF e descobrindo a ciência-elaboração de oficinas temáticas para a divulgação científica16. As ações de extensão desenvolvidas pelo Departamento de Química Orgânica, voltadas para a área educacional, são formação do professor na UFF: contribuições para a inclusão social, formação continuada de professores na Casa da Descoberta e relações divertidas: curiosidades de química na Casa da Descoberta17.
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Notas
1 A partir do decreto foi estabelecida a criação dos seguintes institutos: Química, Física, ICHF,Faculdade de Educação,Geociências,Letras, Matemática e IACS. Cf. BRASIL. Decreto nº 62.414, de 15 de março de 1968. Dispõe sobre a reestruturação da Universidade Federal Fluminense. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 15 mar. 1968. Disponível em: <http://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1960-1969/decreto-62414-15-marco-1968-403562-publicaca >. Acesso em: 20 jun. 2014.
2 UFF. Instituto de Química da UFF. [2013]. Disponível em: <http://www.uff.br/quimica/index. php?option=com_content&task=view&id=15&Itemid=34>. Acesso em: 7 mar. 2013.
3 UFF. Instituto de Química da UFF. [2013]. Disponível em: <http://www.uff.br/ggq/?page_id=91>;. Acesso em: 20 jun. 2014.
4 BRASIL. Decreto nº 78.519, de 30 de setembro de 1976. Reconhece o Curso de Química da Universidade Federal Fluminense. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 01 out. 1976. Disponível em: <http://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1970-1979/decreto-78519-30-setembro-1976-427358-publicacaooriginal-1-pe.html >. Acesso em: 7 mar. 2013.
5 UFF. Instituto de Química da UFF. [2013]. Disponível em: <http://www.uff.br/quimica/index. php?option=com_content&task=view&id=15&Itemid=34>. Acesso em: 7 mar. 2013.
6 UFF. Pró Reitoria de Graduação. Química. 2011. Disponível em: <http://www.prograd.uff.br/novo/cursos/graduacao/quimica>;. Acesso em: 7 mar. 2013.
7 UFF. Instituto de Química da UFF. [2013]. Disponível em: <http://www.uff.br/quimica/index. php?option=com_content&task=view&id=15&Itemid=34>. Acesso em: 7 mar. 2013.
8 UFF. Instituto de Química da UFF. [2013]. Disponível em:<http://www.uff.br/quimica/index. php?option=com_content&task=view&id=15&Itemid=34>. Acesso em: 7 mar. 2013.
9 UFF. Instituto de Química. Programa de Pós-Graduação em Geoquímica. [2014]. Disponível em: <http://www.geoquimica.uff.br.html>;. Acesso em: 20 jun. 2014.
10 UFF. Instituto de Química. Programa de Pós-Graduação em Química. [2014]. Disponível em: <http://www.uff.br/posquimica.html>;. Acesso em: 20 jun. 2014.
11 UFF. Instituto de Química. Programa de Pós-Graduação em Ciências da Natureza. [2014]. Disponível em: <http://www.uff.br/mestrado-ensino-ciencias.html>;. Acesso em: 20 jun. 2014.
12 UFF. Instituto de Química da UFF. Departamento de Química Inorgânica. [2014]. Disponível em: <http://www.uff.br/gqi/pesquisa/pesquisa.html>;. Acesso em: 23 jun. 2014.
13 UFF. Instituto de Química da UFF. Departamento de Química Orgânica. [2014]. Disponível em: <http://www.uff.br/organica/arquivos/departamento.htm>. Acesso em: 23 jun. 2014.
14 Maiores informações a respeito consultar o site do Sistema de Gestão e Projetos. SIGPROJ. Cf. BRASIL. Ministério da Educação. Sistema de Informação e Gestão de Projetos. 2013. Disponível em: <http://sigproj1.mec.gov.br/resultado.consulta.php?titulo=&;bedital=0&protocolo=&processo=&tipo=0&palavras=&resp=&area=0&inst=123&apro=1082&exec=2846&sit=0&ordenar=1&direcao=1&inicio=0-00&termino=0-00®iao=Sudeste&estado=2&bplataforma=1>. Acesso em: 23 jun. 2014.
15 Maiores informações a respeito consultar o site do Sistema de Gestão e Projetos. SIGPROJ. Cf. BRASIL. Ministério da Educação. Sistema de Informação e Gestão de Projetos. 2013. Disponível em: <http://sigproj1.mec.gov.br/resultado.consulta.php?titulo=&;bedital=0&protocolo=&processo=&tipo=0&palavras=&resp=&area=0&inst=123&apro=1082&exec=2848&sit=>. Acesso em: 23 jun. 2014.
16 Maiores informações a respeito consultar o site do Sistema de Gestão e Projetos. SIGPROJ Cf. BRASIL. Ministério da Educação. Sistema de Informação e Gestão de Projetos. 2013. Disponível em:<http://sigproj1.mec.gov.br/resultado.consulta.php?titulo=&;bedital=0&protocolo=&processo=&tipo=0&palavras=&resp=&area=0&inst=123&apro=1082&exec=2849&sit=0&ordenar=1&direcao=1&inicio=0-00&termino=0-00®iao=Sudeste&estado=2&bplataforma=1>. Acesso em: 23 jun. 2014.
17 Maiores informações a respeito consultar o site do Sistema de Gestão e Projetos. SIGPROJ. Cf. BRASIL. Ministério da Educação. Sistema de Informação e Gestão de Projetos. 2013. Disponível em: <http://sigproj1.mec.gov.br/resultado.consulta.php?titulo=&;bedital=0&protocolo=&processo=&tipo=0&palavras=&resp=&area=0&inst=123&apro=1082&exec=2850&sit=0&ordenar=1&direcao=1&inicio=0-00&termino=0-00®iao=Sudeste&estado=2&bplataforma=1>. Acesso em: 23 jun. 2014.
O Instituto de Matemática e Estatística da Universidade Federal Fluminense (UFF)
O Instituto de Matemática (IME) recebe essa denominação desde sua criação, que ocorre no âmbito da Reforma Universitária de 1968, Lei 5.540/68, e, a partir do decreto federal, 62.414. Com a formação do instituto, as disciplinas dos cursos de licenciatura e bacharelado em Matemática passaram a ser oferecidas por três departamentos constitutivos do novo órgão: Departamento de Análise e Lógica, Departamento de Geometria e Departamento de Matemática Aplicada1.
No sentido de atender à legislação advinda da Reforma Universitária, fez-se necessário um novo parâmetro para o ensino da Matemática, e sendo assim, a partir de 1971, a licenciatura em Matemática passou a oferecer 2.700h/aula, e disciplinas como Lógica Matemática, Análise Matemática e Fundamentos de Matemática como parte do currículo2. Em 1974, foram criadas quatro linhas de pesquisas: Lógica Matemática, Análise, Geometria e Matemática Aplicada, a serem desenvolvidas no bacharelado e na licenciatura. A partir dessa mudança, os cursos passaram a ser organizados por um ciclo básico e outro profissional, ambos com a duração de quatro semestres letivos. Cabe destacar que, desde o início dos anos 1970, os licenciandos de Matemática que já haviam concluído o ciclo básico viriam a participar ativamente de projetos de formação de professores leigos do ensino fundamental, no sentido de atuarem com as populações de Óbidos e Oriximiná, no Pará3. Os cursos de mestrado em Matemática foram implantados entre 1971 e 1973.
Durante a década de 1980, as discussões estiveram voltadas para a interiorização de um curso de licenciatura plena em Matemática, que preparasse profissionais para atuarem com o ensino da matemática no ginásio, no ensino médio e nas séries iniciais do ensino fundamental, inclusive na alfabetização4. A cidade escolhida foi Santo Antônio de Pádua, uma vez que atendia às condições necessárias quanto à estrutura física e ao acolhimento do corpo docente. Assim, em 1985, deu-se início às iniciativas para as atividades do curso de licenciatura em Matemática-Interiorização da UFF, o qual começou a funcionar em 19895.
Observa-se que o perfil dos cursos pouco mudou entre 1985 e 1988, quando foram implementadas mudanças quanto às disciplinas optativas oferecidas no ciclo profissional e iniciada a implantação de uma mudança curricular nos cursos de graduação em Matemática de Niterói. No ano seguinte, parte da carga horária das disciplinas de Análise, Lógica e Fundamentos da Matemática foram substituídas por Cálculo Diferencial e Integral (I, II e III) e Geometria Euclidiana. Apesar da reformulação, o currículo manteve sua estrutura de um ciclo de disciplinas básicas, comuns ao bacharelado e à licenciatura, e um profissional. Em agosto de 1997, foi realizada uma nova reforma curricular, que introduz de forma pioneira, algumas disciplinas que possibilitam aos estudantes revisitarem conteúdos do ensino médio com o objetivo de proporcionar embasamento ao Cálculo e Geometria Analítica6.
Nos dias de hoje, o IME adota políticas que visam ao crescimento da qualidade das atividades de seus departamentos e coordenações, que atuam de maneira integrada. Atende a aproximadamente quatro mil estudantes por semestre, em âmbito da graduação, pós-graduação stricto sensu, especialização em Matemática e outros 20 cursos da UFF. A sua estrutura administrativa é composta por um diretor e um vice, eleitos pela comunidade do IME para um mandato de quatro anos. O Colegiado é o órgão máximo de deliberação do instituto e é composto por dez membros, eleitos pelos docentes para um mandato de dois anos e pela representação estudantil, composta por dois membros. Atualmente, tem quatro departamentos de ensino: Análise (GAN), Geometria (GGM), Estatística (GET) e Matemática Aplicada (GMA)7.
Na graduação, o Instituto de Matemática e Estatística oferece os seguintes cursos presenciais: licenciatura e bacharelado em Matemática e o curso de Estatística, inaugurado em 2006, embora o Departamento de Estatística tenha sido criado em 1985, através da resolução do Conselho de Ensino e Pesquisa 021/85. O IME também oferece o curso de licenciatura em Matemática à Distância, vinculado ao Cederj. Os cursos presenciais têm duração média mínima de oito e máxima de 12 semestres, com o objetivo de graduar licenciados para atuarem no ensino de matemática nos ensinos fundamental e médio e formar profissionais para realizarem estudos e aprofundamentos nas áreas de educação matemática, matemática pura, matemática aplicada ou em áreas afins à matemática, preocupação principal do bacharelado. O curso de Estatística oferece o bacharelado com as seguintes opções: Estatística Aplicada às Ciências Sociais, ou Estatística Aplicada às Ciências da Vida. O curso tem duração entre sete e 12 semestres e visa habilitar profissionais para o desenvolvimento de atividades de ensino e pesquisa estatística. A licenciatura em Matemática à Distância tem duração máxima de 16 semestres e busca oferecer aos egressos formação sólida na área da matemática e formação pedagógica voltada ao trabalho específico do professor, possibilitando a construção de conteúdos de áreas afins8.
O curso de mestrado stricto sensu em Matemática foi criado na década de 1970, durante a gestão do professor Jorge Emmanuel Barbosa como reitor, período onde foram implantados outros mestrados na universidade, como os de História e Letras. A pós-graduação stricto sensu do IME-UFF foi reformulada em 1991. O atual Programa de Mestrado em Matemática foi implementado através das resoluções do Conselho de Ensino e Pesquisa nº 26/91 e nº 27/91, de 8/5/91, sendo credenciado pelo CFE em 1992. Por sua vez, o curso de doutorado em Matemática foi criado em 2008, e desde então, o Programa de Pós-Graduação vem concentrando sua atuação em três áreas – geometria algébrica, geometria diferencial topologia/sistemas dinâmicos9.
Já o mestrado profissional stricto sensu (Profmat) também é desenvolvido no instituto e tem por metas “proporcionar ao aluno formação matemática aprofundada, relevante ao exercício da docência em matemática no ensino básico, visando proporcionar ao professor da escola básica competência matemática certificada, relevante ao exercício da docência10.” O IME desenvolve ainda cursos de especialização em Matemática em duas modalidades: presencial e à distância. O curso presencial de especialização em Ensino de Matemática destina-se licenciados ou com formação pedagógica em Matemática ou áreas afins: Física, Química, Estatística, Informática, Geologia, Astronomia e que estejam preferencialmente atuando no ensino da matemática na educação básica. Busca-se capacitar professores comprometidos com a prática educativa inovadora e dinâmica, possibilitando a criação de metodologias de ensino que adaptem conteúdos da matemática à realidade dos estudantes11. Já as atividades de especialização à distância em Matemática são oferecidas pelo Laboratório de Novas Tecnologias de Ensino (Lante) e tem, no âmbito da pós-graduação os seguintes cursos: Novas Tecnologias para o Ensino da Matemática e Gestão de Educação à Distância. Os cursos são gratuitos e oferecidos em polos regionais nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo, Minas Gerais e Pará12.
As atividades de pesquisa nas diversas áreas do conhecimento da matemática e da estatística cresceram e diversificaram-se nas últimas décadas, e no IME o processo não foi diferente. Se em seus primórdios os destaques às pesquisas estavam mais voltados para o ensino da matemática, nos dias de hoje esse quadro se diversificou, e ao lado das pesquisas sobre ensino, o IME conta atualmente com um grande número de áreas de pesquisas. O Departamento de Análise desenvolve 43 projetos, o de Estatística atua com 28, a Geometria com 29, e o Departamento de Matemática Aplicada com 55 projetos. Essas áreas de pesquisa também participam de eventos externos e das atividades da Semana de Matemática da UFF13.
As atividades extensionistas do instituto vêm se destacando no âmbito da UFF como dito anteriormente, desde os anos 1970. A partir de 1989, a pesquisa sobre o ensino de geometria e os projetos de extensão relacionados à área ganharam impulso, passando a integrar o Programa Rede Regional Fluminense-Espaço UFF de Ciências, em 1991. A partir de então, foram criados três núcleos de ensino de geometria: um no IME14, outro no Espaço UFF Ciências e o de Santo Antônio de Pádua. Outros projetos de extensão também se destacaram nessa década, como as atividades de extensão em geometria oferecidas pelo professor Geraldo Tavares Arnaut e o projeto de extensão Oficina do Saber que objetivam, dentre outros, a orientação e encaminhamento de estudantes oriundos de classes populares e do ensino público para a universidade, por meio de atividades como o Pré-Universitário Oficina do Saber15. Hoje, o instituto conta com mais de 20 ações extensionistas que desenvolvem atividades em temáticas, como métodos básicos para a iniciação à pesquisa cientifica, estatística descritiva clássica, formação de professores de matemática na UFF, biblioteca, jornais, semana de matemática, além de outros temas16.
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Notas
1 KALEFF, Ana Maria. A educação Matemática na Universidade Federal Fluminense: um relato do desenvolvimento histórico dos cursos de formação de professores de Matemática. Boletim do GEPEM, Juiz de Fora, n. 38, p. 9-34, 2001.
2 UFF. Instituto de Matemática. Histórico. 2014. Disponível em: <http://www.ime.uff.br/index.php/instituto/historia>;. Acesso em: 10 jul. 2014.
3 KALEFF, 2001, p. 9-34.
4 Esse processo tem origem no projeto Melhoria do Ensino de 10 Grau-Matemática, iniciado em 1980 e que teve por meta desenvolver e melhorar a qualidade do ensino fundamental através do treinamento de professores de Matemática em cursos de extensão. Em 1982 o projeto já atuava em 29 municípios fluminenses e produziu uma quantidade de material didático considerável. Cf. UFF. Instituto de Matemática. Histórico. 2014. Disponível em: <http://www.ime.uff.br/index.php/instituto/historia>;. Acesso em: 10 jul. 2014.
5 A proposta de interiorização e criação de um curso de Matemática em Santo Antônio de Pádua, iniciado em 1985 foi feita pelos professores José Francisco Borges de Campos e Rosa Baldi. Cf. UFF. Instituto de Matemática. Histórico. 2014. Disponível em: <http://www.ime.uff.br/index.php/instituto/historia>;. Acesso em: 10 jul. 2014.
6 UFF. Instituto de Matemática. Histórico. 2014. Disponível em: <http://www.ime.uff.br/index.php/instituto/historia>;. Acesso em: 11 jul. 2014.
7 UFF. Instituto de Matemática. Histórico. 2014. Disponível em: <http://www.ime.uff.br/index.php/instituto/historia>;. Acesso em: 11 jul. 2014.
8 UFF. Pró-Reitoria de Graduação. 2011. Disponível em: <http://www.prograd.uff.br/novo/cursos/graduacao>;. Acesso em: 12 jul. 2014.
9 O mestrado profissional stricto sensu do IME é uma componente do Programa de Mestrado Profissional em Matemática em Rede Nacional (Profmat). Cf. UFF. Regimento Interno do Programa de Mestrado Profissional Stricto Sensu em Matemática. Niterói, [20??]. 9 f. Disponível em: <http://www.mat.uff.br/RegimentoPROFMAT-UFF.pdf>;. Acesso em: 12 jul. 2014.
10 UFF. Instituto de Matemática. Histórico. 2014. Disponível em: <http://www.ime.uff.br/index.php/instituto/historia>;. Acesso em: 11 jul.2014.
11 Esse curso de especialização é antigo no instituto. Na década de 1980 já existia, e em seus meados foi revitalizado pelas professoras Ceres de Moraes e Ilka de Castro. De 1988 até os dias de hoje, se mantém como um dos destaques do instituto. Cf. UFF. Instituto de Matemática. Histórico. 2014. Disponível em: <http://www.ime.uff.br/index.php/instituto/historia>;. Acesso em: 11 jul. 2014; e UFF. Curso de especialização em ensino de matemática. Objetivos. Disponível em: <http://www.uff.br/especializacaomatematica/index.php?option=com_content&;view=article&id=2&Itemid=2>. Acesso em: 11 jul. 2014.
12 Informações a respeito dos cursos podem ser acessadas na página do programa. Cf. UFF. Laboratório de novas tecnologias de ensino. Pós-Graduação. 2014. Disponível em: <http://www.lante.uff.br/sitenovo/index.php/pos-graduacao>;. Acesso em: 12 jul. 2014.
13 O instituto conta também com oito laboratórios de pesquisa: Laboratório de Informática do Curso de Graduação em Matemática, Laboratório de Estatística (LES), Laboratório de Informática do Curso de Graduação em Estatística (Ligre), Laboratório de Geometria Virtual (LGV), Laboratório de Ensino de Geometria (LEG), Laboratório Sala Dá Licença, Laboratório Prodenge e Laboratório de Novas Tecnologias de Ensino (Lante). A relação dos 155 projetos de pesquisa estão disponibilizados em seu site. Cf. UFF. Instituto de Matemática. Pesquisa. Áreas. 2014. Disponível em: <http://www.ime.uff.br/index.php/pesquisa/areas>;. Acesso em: 12 jul. 2014.
14 Esse núcleo deu origem em 1994 ao Laboratório de Ensino de Geometria (LEG) em 1945 e visa a uma formação sólida para os alunos de graduação, desenvolvendo ações pedagógicas na área. Cf. UFF. Instituto de Matemática. Curso de especialização em Matemática. Disponível em: <http://www.uff.br/especializacaomatematica/index.php?option=com_content&;view=article&id=2&Itemid=2>. Acesso em: 11 jul. 2014.
15 UFF. Instituto de Matemática. Curso de especialização em Matemática. Disponível em: <http://www.uff.br/especializacaomatematica/index.php?option=com_content&;view=article&id=2&Itemid=2>. Acesso em: 11 jul. 2014.
16 A relação completa dos projetos de extensão desenvolvidos no instituto está disponibilizada no Sigproj. Cf. BRASIL. Ministério da Educação. Sistema de Informação e Gestão de Projetos. Sigproj – Sistema de Informação e Gestão de Projetos. 2014. Disponível em: <http://sigproj1.mec.gov.br/resultado.consulta.php?titulo=&;bedital=0&protocolo=&processo=&tipo=0&palavras=&resp=&area=0&inst=123&apro=1078&exec=0&sit=0&ordenar=1&direcao=1&inicio=0-00&termino=0-00®iao=Sudeste&estado=2&bplataforma=1>. Acesso em: 12 jul. 2014.
A Faculdade de Odontologia da Universidade Federal Fluminense (UFF)
Em sua trajetória, a Faculdade de Odontologia da UFF acompanhou de perto as transformações dessa área do conhecimento, tanto no Rio de Janeiro, como no Brasil. Nas últimas décadas, a prática da medicina cientifica1 sustentou a formação e a prática odontológica, que historicamente direcionava a formação de odontólogos para o mercado privado2. O exercício da profissão exigia grandes custos para o profissional formado, contudo, esse cenário ganhou novos ingredientes, sobretudo a partir da década de 1980, com as novas demandas por odontólogos, advindas do Sistema Único de Saúde (SUS). A partir de então, o ensino de Odontologia vem incorporando gradativamente novos saberes à formação de seu profissional, como Política de Saúde, Modelo de Atenção, Equidade, Controle Social, Interdisciplinaridade, Vigilância em Saúde e Promoção de Saúde3.
Dentro deste contexto, vislumbra-se a necessidade de um novo “desenho” de perfil profissional, na tentativa de acompanhar este processo de mudança que hoje ocorre no setor saúde, trazendo definitivamente a Odontologia para as grandes discussões no campo da Saúde Coletiva4. |
A Faculdade de Odontologia, que festejou seu centenário em 2012, acompanha de perto as novidades e discussões ocorridas em seu campo do saber, situação que repercute nos campos de ensino, de pesquisa e de extensão. A unidade está estruturada por meio de dois departamentos: Odontoclínica (MOC) e Odontotécnica (MOT), oferecendo a graduação em Odontologia, com duração mínima de nove e máxima de 18 semestres, respectivamente, e titulação como cirurgião-dentista5.
O curso forma profissionais capacitados para o atendimento das necessidades odontológicas, visando à prevenção e manutenção da saúde bucal do paciente. O curso oferece estágio supervisionado obrigatório, tendo ainda o aluno a oportunidade de estágio extracurricular. As disciplinas básicas do curso são desenvolvidas nas sete disciplinas clínicas especializadas e integradas da própria Faculdade6. |
As atividades de pós-graduação ganharam um grande fôlego nos últimos anos, e hoje, disponibilizam sete cursos de especialização autofinanciáveis, a saber: Dentística, Endodontia, Implantodontia, Odontogeriatria, Odontopediatria, Ortodontia e Prótese Dentária, cada qual com uma ementa própria e relacionada às respectivas especialidades7. A pós-graduação Stricto Sensu oferece desde 2003 o mestrado em Odontologia com área de concentração em Clínica Odontológica. A partir de 2008, passou a adotar o ingresso anual de estudantes e o estágio probatório, que consiste em uma atividade prévia à entrada do aluno, que inclui a apresentação de um anteprojeto com a proposta para o desenvolvimento de seu projeto e de um artigo científico, em parceria com um docente do programa. Em 2009, foi criada a área de concentração em Dentística, e no ano seguinte, a de Ortodontia8. Diante do sucesso do mestrado, foi aprovado o doutorado pela resolução 2 de 2010 do Conselho de Ensino Pesquisa (CEP) da UFF, que abriu sua primeira turma em 2011, com as seguintes linhas de pesquisa: Reabilitação Oral, Interação da Luz com a Matéria, Mecanismos e Fenômenos Adesivos, Propriedades dos Biomateriais Restauradores, Aspectos Morfo-Histológicos e Patológicos dos Tecidos Bucais; e Estudo das Propriedades Biológicas, Físico-Químicas, Microbiológicas e Citotóxicas dos Biomateriais Utilizáveis na Odontologia9, que demonstram um grande potencial para crescimento em curto prazo.
A pesquisa e a extensão também se destacam na Faculdade de Odontologia. Na pesquisa, dentre as linhas de pesquisas desenvolvidas, destacamos Propriedades dos Biomateriais Restauradores, que desenvolve pesquisas de propriedades físicas, químicas e biológicas de materiais odontológicos diversos, visando obter subsídios para o desenvolvimento tanto de novos materiais quanto de novas técnicas restauradoras10; Laser em Dentística, que visa estabelecer parâmetros seguros para a utilização do laser no organismo humano e pesquisa novas alternativas para o uso dele na odontologia restauradora e, por fim, as pesquisas realizadas pela linha Mecanismos de Adesão, que tem por objetivo estabelecer protocolos seguros de aplicação clínica dos materiais adesivos, além do desenvolvimento de materiais mais eficientes11.
As atividades extensionistas são desenvolvidas na unidade por meio de serviços assistenciais à comunidade. Atualmente, são desenvolvidos projetos em diversas áreas da odontologia12, como Teórico-Prático em Cirurgia Bucal, Odontologia para o Aperfeiçoamento da Formação do Clínico Geral, Atualização em Materiais Dentários13 e também na área da educação como o projeto Pré-Vestibular do Morro do Estado que atua na UFF, priorizando moradores dessa comunidade.
Em 2008, a Faculdade de Odontologia de Nova Friburgo (Fonf)14 foi federalizada e passou a ser gerida pela UFF. Desde 2009, a UFF é a responsável pelo oferecimento do curso de graduação em Odontologia em Nova Friburgo, além do mestrado na mesma área e dos novos cursos de Zootecnia e Veterinária, fatos que denotam a expansão da universidade para o interior do Estado do Rio de Janeiro15.
Notas
1 Também conhecido como PARADIGMA FLEXNERIANO e que tinha por finalidade formar o profissional odontólogo para atuar diretamente no mercado. (Cf. UFF. Faculdade de Odontologia. [2012?]. Disponível em: <http://osp1uff.webnode.com/historico.html>. Acesso em: 26 set. 2013).
2 UFF. Faculdade de Odontologia, [2012?].
3 UFF. Faculdade de Odontologia, [2012?].
4 UFF. Faculdade de Odontologia, [2012?].
5 PAULA, Maria de Fátima. A Universidade Federal Fluminense no cenário do Estado do Rio de Janeiro. Florianópolis: Insular, 2008, p. 74.
6 UFF. Faculdade de Odontologia. [2012?]. Disponível em: <http://fouff.webnode.com/gradua%C3%A7%C3%A3o%20/informa%C3%A7%C3%B5es-gerais.html>. Acesso em: 26 set. 2013.
7 PAULA, 2008, p. 74.
8 UFF. Faculdade de Odontologia. [2012?]. Disponível em: <http://fouff.webnode.com/pos-gradua%C3%A7%C3%A3o%20/mestrado.html>. Acesso em: 26 set. 2013.
9 UFF. Faculdade de Odontologia. [2012?]. Disponível em: <http://fouff.webnode.com/pos-gradua%C3%A7%C3%A3o%20/doutorado.html>. Acesso em: 26 set. 2013.
10 PAULA, 2008, p. 75.
11 PAULA, 2008, p. 75.
12 Os projetos atuam na comunidade carente da cidade de Niterói e redondezas. Propicia aos estudantes do curso estágio e aprendizados na prática. Os serviços oferecidos incluem o atendimento em endodontia e instalação de próteses dentárias com baixo custo. (Cf. PAULA, 2008, p. 75).
13 A relação completa dos projetos de extensão da faculdade pode ser consultada através do site do BRASIL. Ministério da Educação. 2013. Sistema de Informação e Gestão de Projetos. Disponível em: <http://sigproj1.mec.gov.br/?goTo=search&;plataforma=5.html>. Acesso em: 27 ago. 2013.
14 A Faculdade de Odontologia de Nova Friburgo foi fundada em 1970 pelo Dr. Amâncio Mário de Azevedo como instituição particular. A partir de 1974, a Autarquia Municipal de Ensino Superior (Ames) tornou-se mantenedora da faculdade e no segundo semestre de 2008, após negociações com a Prefeitura de Nova Friburgo, a faculdade foi federalizada passou a ser gerida pela UFF. (Cf. UFF terá novos cursos em 2009:UFF anuncia investimento de R$ 3,2 milhões e criação de três novos cursos universitários. A Voz da Serra Online, Nova Friburgo, 14 abr. 2008. Disponível em: <http://www.avozdaserra.com.br/noticias.php?noticia=229.html>. Acesso em: 2 dez. 2013.
15 A Voz da Serra Online, 2008.
O Instituto de Biologia da Universidade Federal Fluminense (UFF)
A criação do Instituto de Biologia (EGB) da UFF estava prevista desde a assinatura do decreto 62.414, de 15 de março de 19681, porém só foi definitivamente implantado após 15 anos. Durante o período de 1970 até 1983, um grupo de professores do Instituto Biomédico lutou pela criação do EGB2, que foi iniciado através da resolução n° 75/70 do Conselho de Ensino e Pesquisa (CEP) e concluído apenas em 1983, através da resolução 37 do Conselho de Ensino e Pesquisa e da mensagem 32 do então Magnífico Reitor José Raymundo Martins Romêo3. O professor Jorge da Silva Paula Guimarães foi o primeiro diretor da unidade, nomeado como pro tempore pela Reitoria, em 19824.
O colegiado, composto por dois representantes de cada departamento e dois representantes dos alunos, é o órgão máximo do instituto5. Desde o seu início, o EGB oferece diversas disciplinas obrigatórias na área da biologia para diferentes cursos da universidade, dos quais podemos destacar: Enfermagem, Engenharia Agrícola, Farmácia, Medicina, Medicina Veterinária, Nutrição, Odontologia, Psicologia e Biomedicina, além de disciplinas eletivas para Arquitetura, Geografia, Licenciatura em Química, Medicina, Medicina Veterinária, Química Industrial e Engenharia Química6. Dispõe de cinco departamentos: Biologia Geral7, Biologia Marinha8, Biologia Celular e Molecular9, Imunobiologia10 e Neurobiologia11, criados ao longo de seus 31 anos de trajetória. Sua graduação, em Ciências Biológicas, foi iniciada no ano 2000 e vem sendo considerada uma das melhores do Estado do Rio de Janeiro. Oferece titulação em bacharelado e licenciatura, tendo formado sua primeira turma em 200412.
Dois dos três programas de pós-graduações pertencentes ao instituto foram criados na década de 1990. O primeiro foi o Programa de Pós-Graduação em Biologia Marinha (1992), à época sob o formato de especialização, e após quatro anos de funcionamento, passou à modalidade de mestrado (1996), e em seguida, ampliou-se, oferecendo também o doutorado (2003). O programa tem por finalidade formar recursos humanos em Ciência e Tecnologia na área de biologia marinha e possibilitar a formação de docentes e pesquisadores visando à investigação científica e docência nas áreas específicas da biologia marinha13. O Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Neurociências foi criado em 1998, oferecendo mestrado e doutorado na área de neuroimunologia. Este busca formar recursos humanos para atuar nas áreas de ciência e tecnologia, neurofisiologia, neuroimunologia e biologia celular e molecular14. Por fim, foi implantado em 2010, o Programa de Pós-Graduação em Ciências e Biotecnologia, nas modalidades de mestrado e doutorado, tendo em vista o crescimento dos estudos e pesquisas na área de biotecnologia. O programa busca preparar os estudantes para desenvolver projetos inovadores e aplicados, adequados às necessidades do ensino e da pesquisa de biotecnologia e biologia no país. No decorrer do curso são desenvolvidas aulas práticas e seminários, motivando os estudantes para a elaboração de produtos e artigos sobre a área do conhecimento a serem divulgados no Brasil15. Os professores do instituto também se destacam em atividades conjuntas com outros programas de pós-graduação da UFF e com instituições de ensino e pesquisa do estado16.
Os laboratórios do instituto desenvolvem trabalhos de pesquisa de grande relevância para a comunidade acadêmica e, em particular, para o Estado do Rio de Janeiro. A área de biologia celular e molecular conta com dez laboratórios de pesquisas17; já a de biologia geral organizou suas linhas de pesquisas em quatro setores: Bioanalítica, Botânica, Biologia de Insetos e Genética18. As pesquisas desenvolvidas pela área de imunologia estão voltadas tanto para a área de educação quanto a de especialidade dos transplantes, e são oferecidas aos estudantes oportunidades de estágios nessas linhas de pesquisa e monitorias19. A área de neurociências destaca-se desenvolvendo diversos trabalhos em diferentes linhas de pesquisa que estudam temas como a neurobiologia celular, da cognição, da retina, a neuroplasticidade, a neurofarmacologia, dentre outros assuntos e conta com 15 laboratórios de pesquisas20. Por fim, a área de biologia marinha desenvolve pesquisa e produções científicas nas seguintes linhas de pesquisa: Biologia, Ecologia e Conservação do Nécton, Biologia dos Bentos, Biologia do Plâncton Marinho, Genética Marinha, Microbiologia Marinha e Produtos Naturais de Organismos Marinhos21.
Na área extensionista, o Departamento de Imunobiologia conta com o projeto Patologia de Animais de Laboratório: Enfoque em Morfologia22. Já o Departamento de Biologia Celular e Molecular desenvolve três ações extensionistas: Inovando em Cantagalo: Melhoria da E. M. Darcy José Ribeiro; o I Congresso Latino-Americano de Métodos Alternativos ao Uso de Animais no Ensino e o I Simpósio Nacional sobre o Desenvolvimento de Produtos e Projetos na Perspectiva da Surdez: Sinais em Foco23. O Departamento de Biologia Geral desenvolve oito projetos de extensão com destaque para os temas ligados à preservação do meio ambiente24. Um dos projetos desenvolvidos há quase 20 anos é o Laboratório Horto-Viveiro (Lavhi) que nasceu do projeto Implantação de um Horto-viveiro na UFF, em 1995. Naquele ano, foram iniciados plantios de árvores nobres da Mata Atlântica, e no final de 1996, devido ao sucesso da iniciativa, foi criado o laboratório por determinação do então Magnífico Reitor Pedro Antunes25. O Lavhi também desenvolve atividades no Coluni como o projeto Coluni Semeando Ideias e Plantando Alimentos, que promove, dentre outras atividades, a conscientização do aluno sobre a qualidade da alimentação que ingerimos, por meio de atividades educativas como o cultivo de hortas orgânicas no espaço escolar26. Já na área de neurociências são desenvolvidas seis ações extensionistas que visam difundir e popularizar os assuntos desta área do conhecimento27.
Notas
1 PAULA, Maria de Fátima de. Instituto de Biologia. In: PAULA, Maria de Fátima de (Org.). A Universidade Federal Fluminense no cenário do Estado do Rio de Janeiro. Florianópolis: Insular, 2008, p.124.
2 BRASIL. Decreto nº 62.414, de 15 de março de 1968. Dispõe sobre a reestruturação da Universidade Federal Fluminense. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 15 mar. 1968. Disponível em: <http://www2.camara.gov.br/legin/fed/decret/1960-1969/decreto-62414-15-marco-1968-403562-publicacaooriginal-1-pe.html>;. Acesso em: 20 fev. 2013.
3 UFF. Instituto de Biologia. Disponível em: <http://www.uff.br/institutodebiologia/index_arquivos/Historico.htm>. Acesso em: 7 mar. 2013.
4 PAULA, Maria de Fátima de, 2008, p. 124.
5 UFF. Instituto de Biologia. Disponível em: <http://www.uff.br/institutodebiologia/index_arquivos/Historico.htm>. Acesso em: 7 mar. 2013.
6 PAULA, Maria de Fátima de, 2008, p. 124-129.
7 O Departamento de Biologia Geral foi criado juntamente com o EGB, em 20 de abril de 1983, através da resolução nº 37/83 do Conselho de Ensino e Pesquisa, tendo em vista a mensagem nº 32/83 do então Magnífico Reitor José Raymundo Martins Romêo. Oferece disciplinas para os seguintes cursos da UFF: Arquitetura e Urbanismo, Ciências Biológicas, Enfermagem, Engenharia Agrícola, Farmácia, Física, Geografia, Medicina, Medicina Veterinária, Nutrição, Odontologia e Psicologia. Cf. UFF. Instituto de Biologia. Disponível em: <http://www.biologia.uff.br.html>. Acesso em: 7 mar. 2013.
8 Departamento criado em 1983. Tem por meta formar profissionais que tenham conhecimento abrangente de biologia, com uma forte formação humanística. Cf. UFF. Instituto de Biologia. Disponível em: <http://www.uff.br/biomar.html>;. Acesso em: 7 jun. 2014.
9 Departamento criado em 1983, pelo desdobramento do Instituto Biomédico. Tem por objetivos e finalidades ministrar as seguintes disciplinas: Bioquímica, Citologia, Biologia Celular e Molecular, tanto na graduação quanto na pós-graduação. Cf. UFF. Instituto de Biologia. Disponível em: <http://www.uff.br/gcm/GCM/historico.htm>. Acesso em: 7 jun. 2014.
10 Também criado em 1983, esse departamento oferece estágios em diversas linhas de pesquisa que vão de educação a estudos de transplantes e ainda contribui em diversas pós-graduações orientando alunos de especialização, mestrado e doutorado em diversas áreas afins. Cf. UFF. Instituto de Biologia. Disponível em:
<http://www.biologia.uff.br/index_arquivos/Departamentos2.htm>;. Acesso em: 7 jun. 2014.
11 O Departamento de Neurociências foi criado em 1983 e compõe o Instituto de Biologia da UFF. Oferece os cursos de mestrado e doutorado na área de neurociências. Cf. UFF. Instituto de Biologia. Disponível em: <http://www.uff.br/neuroimuno/ident.html>;. Acesso em: 7 jun. 2014.
12 UFF. Conselho de Ensino e Pesquisa. Resolução no 215. Niterói, RJ. Regimento específico do Programa de Pós-Graduação em Biologia Marinha. Anexo. Disponível em: <http://www.uff.br/posbiomar/Regimento/RegimentoBiomarCEP215.pdf >. Acesso em: 16 jun. 2014.
13 UFF. Instituto de Biologia. Disponível em: <http://www.biologia.uff.br/index_arquivos/TodasPos.htm>;. Acesso em: 16 jun. 2014.
14 UFF. Instituto de Biologia. Programa de Pós-Graduação em Ciências e Biotecnologia. Disponível em: <http://www.biotec.uff.br/?q=content/quem-somos>. Acesso em: 7 jun. 2014.
15 Alguns professores do EGB participam como membros permanentes ou colaboradores em outros programas e cursos de pós-graduações da UFF, incluindo Química, Planejamento Ambiental, Patologia, Odontologia e Geociências, além de participarem também em outros programas de outras instituições de ensino como Uerj, UFRJ, UFRRJ e Fiocruz nas áreas de biologia e educação. Cf. UFF. Instituto de Biologia. Disponível em: <http://www.uff.br/neuroimuno/labs.html>;. Acesso em: 16 jun. 2014.
16 Os laboratórios do departamento são os seguintes: Laboratório de Patologia Celular; Laboratório de Interação Celular (LIC); Núcleo de Bioprodutos; Laboratório de Bioquímica da Sinalização Celular; Laboratório de Bioengenharia, Biomateriais e Mineralização Biológica (IB) e Núcleo de Terapia Celular (no Huap); Laboratório de Virologia Molecular e Núcleo de Bioprodutos; Laboratório de Antibióticos, Bioquímica e Modelagem Molecular (LABioMol); Laboratório de Biopatógenos e Ativação Celular (LaBioPAC); Laboratório de Bioengenharia, Biomateriais e Mineralização Biológica e Laboratório de Venenos e Toxinas de Animais e Avaliação de Inibidores (LaVenoToxi). Cf. UFF. Instituto de Biologia. Disponível em: <http://www.uff.br/gcm/GCM/pesquisaepublicacao.htm >. Acesso em: 16 jun. 2014.
17 O detalhamento a respeito dos setores de pesquisa desse departamento e de seus laboratórios pode ser acessado pelo site do departamento. Cf. UFF. Instituto de Biologia. Disponível em: <http://www.uff.br/biologiageral/principal.htm>;. Acesso em: 16 jun. 2014.
18 No departamento a pesquisa data desde os primeiros anos, com destaque para os biotérios de criação de animais de laboratórios isogênicos inaugurados na década de 1980. Atualmente, a unidade conta com outros seis laboratórios: de Imunologia Celular e de Cultura de Células, de Imunoquímica, de Imunologia Gastrintestinal, de Imunopatologia, de Imunorregulação e o de Migração em Imunopatologia. Cf. UFF. Instituto de Biologia. Disponível em:
<http://www.uff.br/imuno/apresentacao.htm>;. Acesso em: 16 jun. 2014.
19 As informações detalhadas de seus laboratórios podem ser acessadas pelo site de seu Programa de Pós-Graduação. Cf. UFF. Instituto de Biologia. Disponível em: <http://www.uff.br/neuroimuno/labs.html>;. Acesso em: 16 jun. 2014.
20 UFF. Instituto de Biologia. Disponível em: <http://www.uff.br/posbiomar/ProdCientLPesquisas.htm#BioEco>;. Acesso em: 16 jun. 2014.
21 BRASIL. Ministério da Educação. Sistema de Informação e Gestão de Projetos. 2013. Disponível em: <http://sigproj1.mec.gov.br/?goTo=search&;plataforma=5>. Acesso em: 16 jun. 2014.
22 BRASIL. Ministério da Educação. Sistema de Informação e Gestão de Projetos. 2013. Disponível em: <http://sigproj1.mec.gov.br/?goTo=search&;plataforma=5>. Acesso em: 16 jun. 2014.
23 Os projetos desenvolvidos são os seguintes:Interações Pesquisa-Extensão no Laboratório Horto-Viveiro (Lahvi/UFF),como Base para Educação Ambiental; O Saber Popular e Acadêmico nas Questões Socioambientais : Ações Conjuntas para o Desenvolvimento do Plano Gestor Participativo; I Workshop em Ciências e Biotecnologia; Lahvi 15 Anos; VII Encontro UFF: O Olhar do Artista sobre o Meio Ambiente; Central Radiométrica: Análise Radiométrica e Biológica em Produtos Agrícolas; Grupo de Estudos e Intervenções Ambientais (Geia); Levantamento das Espécies Vegetais com Ênfase nas Espécies Alimentícias em Floresta Ombrófila Densa Amazônica, Oriximiná, Pará, Brasil e Conhecendo Outras Plantas Alimentícias. Cf. BRASIL. Ministério da Educação. Sistema de Informação e Gestão de Projetos. 2013. Disponível em: <http://sigproj1.mec.gov.br/?goTo=search&;plataforma=5>. Acesso em: 16 jun. 2014.
24 A área desenvolve os seguintes projetos: Museu Itinerante de Neurociências, Museu de Ciências Itinerante Inclusivo, Laboratório Aberto de Práticas em Neurociências (Lapran), II Encontro Nacional de Popularização da Ciência, Tecnologia e Inovação e Ciências sob Tendas. Cf. BRASIL. Ministério da Educação. Sistema de Informação e Gestão de Projetos. 2013. Disponível em: <http://sigproj1.mec.gov.br/?goTo=search&;plataforma=5>. Acesso em: 16 jun. 2014.
25 O LahviI/UFF é coordenado pela professora Janie Garcia da Silva. Cf. UFF. Instituto de Biologia. Disponível em: <http://www.uff.br/horto/historia.htm>;. Acesso em: 25 ago. 2014.
26 UFF. Colégio Universitário Geraldo Reis. Projeto: Coluni Semeando Ideias e Plantando alimentos. Disponível em: <http://www.proppi.uff.br/portalpesquisa/sites/default/files/Semeando_ideias_e_plantando_alimentos.pdf>;. Acesso em: 25 ago. 2014.
27 A área desenvolve os seguintes projetos: Museu Itinerante de Neurociências, Museu de Ciências Itinerante Inclusivo, Laboratório Aberto de Práticas em Neurociências (Lapran), II Encontro Nacional de Popularização da Ciência, Tecnologia e Inovação e Ciências sob Tendas. Cf. BRASIL. Ministério da Educação. Sistema de Informação e Gestão de Projetos. 2013. Disponível em: <http://sigproj1.mec.gov.br/?goTo=search&;plataforma=5>. Acesso em: 16 jun. 2014.
A Faculdade de Nutrição da Universidade Federal Fluminense (UFF)
1 O curso de Nutrição da Universidade Federal Fluminense(UFF)
A história do curso de Nutrição da Universidade Federal Fluminense tem início mais precisamente em 1967 com o processo de extinção do Serviço de Orientação Alimentar do Serviço de Alimentação da Previdência Social (Saps) de Niterói1. Tendo em vista a situação, a nutricionista da instituição, Dona Emília de Jesus Ferreiro, recorreu ao então reitor da Universidade Federal Fluminense, professor Manoel Barreto, apoiada por Dona Violeta Campofiorito, da Escola de Serviço Social da UFF, e por funcionários do antigo restaurante, para propor a incorporação do serviço do antigo Saps, localizado no bairro do Barreto, pela universidade, com o intuito de atender à demanda universitária, fornecendo alimentação aos estudantes2.
Em 1967, foi criado o Departamento de Orientação Alimentar (DOA), subordinado diretamente ao Gabinete do Reitor da UFF, que tinha, dentre as finalidades, criar um curso de graduação de nutricionistas; prestar assistência e serviço em educação alimentar aos estudantes; servir de campo de ensino, pesquisa e treinamento; e coordenar a elaboração e execução de um plano de orientação alimentar3. Cabe ressaltar que essa iniciativa incentivou uma área do conhecimento que se encontrava em ascensão no Brasil, e que já contava com cursos na USP, UFRJ, UNIRIO, Uerj, UFPE e na UFBA. Também se deve destacar a criação pelo governo federal do primeiro Programa Nacional de Alimentação e Nutrição, em 1972, que impulsionou os cursos de Nutrição no país, ampliando o mercado de trabalho para os nutricionistas4.
Em 29 de dezembro de 1967, o restaurante do Saps – Niterói foi transferido para a Universidade Federal Fluminense, e seis meses depois, em 6 de maio de 1968, reiniciou as suas atividades. O Conselho Universitário da UFF, reunido em 25 de setembro do mesmo ano, aprovou a resolução nº 43, autorizando a criação do curso de graduação de nutricionistas, que realizou seu primeiro vestibular em janeiro do ano seguinte, com oferta de 20 vagas, e 16 estudantes classificados. O curso iniciou as suas atividades em março de 1969, tendo Emília de Jesus Ferreiro em sua direção, cargo que ocuparia até 1972, acumulando-o com a direção do DOA. Nesse dia ocorreu a aula inaugural, quando foram proferidas várias palestras por professoras como Liesolette H. Ornellas, Enilda Luiz da Cruz Gouveia e Terezinha Diniz, e pela então presidente da Associação Brasileira de Nutricionistas, professora Neuza Therezinha de Rezende Cavalcante.
O colegiado do curso foi organizado em 1970, e já em 1972 formou-se a primeira turma. O curso foi reconhecido oficialmente pelo MEC em 1976, e também naquele ano foram abertas as turmas de pós-graduação Lato Sensu em Dietoterapia, Nutrição Social e Saúde Coletiva5. Ao longo de sua história, o curso de Nutrição da UFF se mostra bastante atuante no campo da pesquisa, como os trabalhos realizados pelas professoras Neli Rodrigues Davidovich e Emília de Jesus Ferreiro, que realizaram pesquisa de campo para diagnosticar a realidade alimentar do Estado do Rio de Janeiro, em conjunto com órgãos federais, estaduais e municipais, em 1977, que foi apresentada no V Simpósio Brasileiro de Alimentação e Nutrição, realizado no Estado de Alagoas no ano seguinte6. Quando foi inaugurado, o curso de Nutrição estava ligado à Reitoria da universidade; com a criação dos centros, passou a integrar o Centro de Ciências Médicas (CCM).
Leia mais na íntegra aqui
Notas
1 40 ANOS da criação do curso de Nutrição. Banner comemorativo dos 40 anos da Faculdade de Nutrição da UFF. Niterói, 2008. 1 CD-ROM.
2 FOGAGNOLI, Marcela. Almoçar bem é no SAPS!: O papel do SAPS na política pública de melhoria da condição de vida e alimentação dos trabalhadores (1940-1945). 2011. Niterói: Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em História da UFF, 2011.
3 40 anos da criação do curso de Nutrição..., 2008.
4 SISTEMA CONSELHOS FEDERAL E REGIONAIS DE NUTRICIONISTAS. A história do nutricionista no Brasil, [2007?]. Disponível em: <http://www.cfn.org.br/eficiente/repositorio/Comunicacao/Material_institucional/160.pdf >. Acesso em: 5 fev. 2014.
5 40 anos da criação do curso de Nutrição..., 2008.
6 ALIMENTAÇÃO. O Fluminense, Niterói, 29 dez. 1977.
2 A Faculdade de Nutrição da Universidade Federal Fluminense (UFF)
A década de 1980 foi marcada pelo aumento do ingresso de estudantes no curso e pela criação do Ambulatório de Nutrição da UFF, em 1984, ainda como projeto-piloto. E diante desse crescimento e das iniciativas das professoras Nelzir Trindade Reis e Carlinda Relvas, foi aprovada a criação da Faculdade de Nutrição no Conselho Universitário e publicada no Diário Oficial em 1986. Naquele momento, a faculdade foi estruturada com dois departamentos: o de Nutrição e Dietética e o de Nutrição Social7.
Em 1987, foi inaugurado o Laboratório de Nutrição Experimental (Labne), primeiro laboratório experimental em uma universidade federal no Rio de Janeiro, e em 1995, foi fundado o Laboratório de Avaliação Nutricional e Funcional (Lanuff). Estes laboratórios somaram-se ao Laboratório de Alimentos e Dietética (Labdi), criado em 1970, compondo a estrutura de pesquisa da unidade8.
Em 2006, foi criado o curso de pós-graduação Lato Sensu em Gestão da Qualidade em Alimentação para Coletividade. O curso surgiu após cinco anos de pesquisas para a construção de uma grade curricular capaz de atender às necessidades de conhecimento e o aprofundamento dos conteúdos por parte de nutricionistas que atuam no segmento da alimentação coletiva9. Dentre os principais objetivos do curso, podemos destacar o desenvolvimento da capacidade do nutricionista em identificar oportunidades e definir critérios em seu local de trabalho;o aprimoramento do processo de tomada de decisão gerencial; e por fim, capacitar o nutricionista para a utilização de ferramentas de qualidade como instrumento de apoio ao mapeamento, análise e transformação de processos nas unidades de alimentação e nutrição9.
Na área extensionista, o Departamento de Nutrição Social tem atualmente seis ações e o Departamento de Nutrição e Dietética reúne três, todos elaborando projetos extensionistas que envolvem a participação docente e discente no desenvolvimento de atividades que levem à comunidade serviços como alimentação saudável na escola, alimentação adequada no Hospital Universitário Antônio Pedro, a integração entre os professores da faculdade e os nutricionistas da rede básica de saúde, apoio aos portadores de doenças renais e ao celíaco e a avaliação nutricional de adultos e idosos10.
Notas
7 PAULA, Maria de Fátima de. Instituto Biomédico. In: PAULA, Maria de Fátima de (Org.). A Universidade Federal Fluminense no cenário do Estado do Rio de Janeiro. Florianópolis: Insular, 2008. p . 69.
8 PAULA, Maria de Fátima de., 2008, p. 69.
9 UFF. Superintendência de Tecnologia de Informação. Candidaturas de Pós Lato Sensu. Disponível em: <http://www.uff.br/posgradalimcoletiva.html>. Acesso em: 5 fev. 2014.
10 A lista de ações extensionistas atualizada dessa unidade pode ser acessada pelo site do Sigproj. Cf. BRASIL. Ministério da Educação. Sistema de Informação e Gestão de Projetos. SIGPROJ – Sistema de Informação e Gestão de Projetos. 2014. Disponível em: <http://sigproj1.mec.gov.br/?goTo=search&;plataforma=5.html>. Acesso em: 5 fev. 2014.