Instituto da Saúde da Comunidade

No âmbito da graduação, a Faculdade de Veterinária da UFF oferece o curso de Medicina Veterinária, com duração entre oito e 16 semestres letivos, e conta em sua estrutura com quatro departamentos de Ensino: Zootecnia e Desenvolvimento Agrossocioambiental Sustentável (MZO)¹, Saúde Coletiva Veterinária e Saúde Pública (MSV), Tecnologia dos Alimentos (MTA) e Patologia e Clínica Veterinária (MCV)². É interessante destacar que os estudantes de graduação são gradativamente incorporados aos projetos desenvolvidos no âmbito da pós-graduação, da pesquisa e da extensão.

A primeira iniciativa para a abertura de um curso de pós-graduação na unidade ocorreu na década de 1970, mais precisamente em 1973³, quando foi aberto o mestrado em Cirurgia Veterinária voltado para o desenvolvimento de pesquisas por meio de estudos regulares, teóricos e práticos, avaliados pela dissertação ao final do curso⁴. Em 1994, seus objetivos foram ampliados com a inclusão da qualificação de estudantes para o desempenho no magistério superior, momento em que passou a ser denominado de mestrado em Cirurgia e Clínica Veterinária. Já em 2005, por recomendação da Capes e devido às transformações no mercado de trabalho da área, o curso incorporou a linha de pesquisa em Reprodução Animal e Biotecnologia, originária do extinto curso de Ciências Veterinárias, criando, assim, o curso de Doutorado.

A pós-graduação em Higiene Veterinária e Processamento Tecnológico de Produtos de Origem Animal funciona desde 1974⁵, com mestrado credenciado pelo Conselho Federal de Educação em dezembro de 1985, recomendado pela Capes em outubro de 2000, e doutorado aberto em 2001. O programa destina-se à formação de mestres e doutores nas linhas de pesquisa: Controle e Qualidade de Produtos de Origem Animal, Higiene Animal e seus Derivados, Modificações Post-mortem em Animais de Abate, e Processamento Tecnológico de Produtos de Origem Animal.
A área de higiene veterinária e processamento tecnológico de produtos de origem animal também se destaca no campo da pesquisa, por meio das cinco linhas de pesquisas, a saber: Controle e Qualidade de Produtos de Origem Animal; Higiene Animal e seus Derivados; Processamento Tecnológico de Produtos de Origem Animal; Clínica Diagnóstica, Preventiva e Terapêutica em Medicina Veterinária; e Fisiopatologia e Biotécnicas de Produção; onde docentes e discentes desenvolvem pesquisas e projetos de grande relevância para o Estado do Rio de Janeiro, prestando apoio às comunidades⁶. Cabe destacar que para a realização dessas atividades, a faculdade dispõe de laboratórios e do Hospital-Escola Firmino Marsico Filho⁷.

Cabe também citar o empenho no desenvolvimento de atividades da iniciação à docência, destinadas aos estudantes que já tenham cursado as disciplinas de Administração Rural, Economia Rural, Cinofilia e Estudos de Aves e Suínos, e as atividades extensionistas relacionadas à prestação de auxílio técnico aos donos de propriedades que desde muito é realizada pela Faculdade de Veterinária.
A instituição inaugurou a Fazenda-Escola de Cachoeiras de Macacu, situada no Km 33 da Rodovia Rio - Nova Friburgo há 25 anos, como campo para o ensino, pesquisa e extensão. A fazenda disponibiliza dois alojamentos para os estudantes, refeitório, sede administrativa, laboratórios multidisciplinares para aulas teóricas e práticas, sendo esta última realizada em um curral de manejo de bovinos, ovinos, bubalinos e equinos.

A Semana de Zootecnia é realizada no local, duas vezes ao ano, pelo Departamento de Zootecnia, onde ocorrem aulas práticas e vivências das técnicas discutidas em sala de aula, assim como algumas visitas às propriedades vizinhas⁹. No Núcleo Experimental de Iguaba Grande, outro polo de extensão citado anteriormente, são priorizadas as atividades e projetos ambientais que visam à preservação de espécies de animais aquáticos e terrestres, assim como a vegetação nativa. Cabe, por fim, salientar que a faculdade tem mais de 50 projetos de extensão cuja lista completa pode ser conferida no Sigproj¹⁰.

Notas

¹ O MZO participa das atividades de ensino e pesquisa nos cursos de pós-graduação oferecidos pela Faculdade de Veterinária e projetos de pesquisas na Fazenda-Escola de Cachoeiras de Macacu (FECM), respectivamente. Cf. UFF. Faculdade de Veterinária. [200-?]. Disponível em: <http://www.uff.br/mzo/index.php?option=com_content&;view=article&id=1&Itemid=26.html>. Acesso em: 8 out. 2013.
² PAULA, Maria de Fátima. A Universidade Federal Fluminense no cenário do Estado do Rio de Janeiro. Florianópolis: Insular, 2008, p. 77.
³ UFF. Faculdade de Veterinária. [201-?]. Disponível em: <http://www.uff.br/clinicaveterinaria/historico.htm>. Acesso em: 8 out. 2013.
⁴ UFF. Faculdade de Veterinária, [200-?].
⁵ UFF. Faculdade de Veterinária. [201?]. Disponível em: <http://www.uff.br/higiene_veterinaria.html>. Acesso em: 8 out. 2013.
⁶ Podemos citar diversas atividades de iniciação à pesquisa desenvolvidas nos seguintes assuntos: potencial do uso de ambientes hipersalinos para o cultivo de peixes: a Lagoa de Araruama - RJ como sistema-modelo, aictiofauna da Lagoa de Araruama ao longo de gradientes de salinidade, adequação ambiental da Fazenda-Escola de Cachoeiras de Macacu, Grupo de Estudos Zootécnicos, avaliação de alimentos utilizados na alimentação animal e Análise e Interpretação de dados aplicados a produção Animal. Cf. UFF. Faculdade de Veterinária. [201-?]. Disponível em: <http://www.uff.br/mzo/index.php?option=com_content&;view=article&id=72&Itemid=22.html>. Acesso em; 8 out. 2013.
⁷ PAULA, 2008, p. 80-83.
⁸ UFF. Faculdade de Veterinária. [201-?]. Disponível em: <http://www.uff.br/mzo/index.php?option=com_content&;view=article&id=55:fecm&catid=6&Itemid=16.html>. Acesso em: 8 out. 2013.
⁹ UFF. Faculdade de Veterinária, [201-?].
¹⁰ BRASIL. Ministério da Educação. Sistema de Informação e Gestão de Projetos. 2013. Disponível em: <http://sigproj1.mec.gov.br/resultado.consulta.php?titulo=&;bedital=0&protocolo=&processo=&tipo=0&palavras=&resp=&area=0&inst=123&apro=1073&exec=0&sit=0&ordenar=1&direcao=1&inicio=0-00&termino=0-00&regiao=Sudeste&estado=2&bplataforma=1.html>. Acesso em: 8 out. 2013.

O Instituto Biomédico da UFF foi criado em 1968 em decorrência da Reforma Universitária regulamentada pela Lei Federal 62. 414, de 15 de março de 1968¹, no entanto, o processo de sua criação e regulamentação já vinha ocorrendo desde 1966, a partir dos decretos-leis no 53, de 18/11/1966, e no 252, de 18/11/1967². O Biomédico passou a utilizar as instalações que pertenceram à antiga Faculdade Fluminense de Medicina, já naquele momento Faculdade de Medicina da UFF, que havia sido transferida para as dependências do Hospital Universitário Antônio Pedro.

No momento de sua criação, o instituto ficou assim estruturado: Diretoria, Vice-Diretoria, Secretaria-Executiva, Coordenação de Atividades Extensionistas, os setores de Biotério, Almoxarifado, Eletrônicos e Audiovisuais, e um Setor de Reprografia e Fotografia. Nos dias de hoje, tal estrutura foi acrescida por um colegiado³, composto por professores dos três departamentos, cujo mandato tem duração de dois anos⁴. O instituto dispõe de três departamentos de ensino: Fisiologia e Farmacologia (MFL)⁵, Microbiologia e Parasitologia (MIP)⁶ e Morfologia (MMO)⁷, que oferecem disciplinas para todos os cursos da área de saúde. Ao longo dos anos, a oferta de disciplinas foi ampliada tanto para a graduação quanto para a pós-graduação dos diversos cursos da UFF⁸. Vale destacar que, de sua fundação até 1983, o Instituto Biomédico congregou também área do conhecimento em Biologia da universidade. Foi somente depois de 15 anos da implementação da Reforma Universitária na UFF que o EGB se desmembrou do Instituto Biomédico, passando a constituir-se como o Instituto de Biologia da UFF. Esse desmembramento acarretou a migração de professores de um instituto para o outro, e o Biomédico permaneceu até 2002 sem um curso de graduação e de Programa de Pós-Graduação, quando foi criado, com o curso de Biomedicina, o seu primeiro de graduação, e a seguir, o primeiro Programa de Pós-Graduação, em Microbiologia e Parasitologia Aplicadas (PPGMPA), criado em 2007.

O bacharelado em Biomedicina oferece habilitações em Pesquisa Cientifica e em Análises Clínicas, que podem ser realizadas durante um período entre oito e 12 semestres. Essa graduação tem o objetivo de formar profissionais gabaritados para atuarem no ensino e na pesquisa científica, nos campos de Microbiologia, Parasitologia, Farmacologia, Fisiologia, Anatomia, Histologia e Embriologia⁹.

A área de pós-graduação disponibiliza o Programa em Microbiologia e Parasitologia Aplicadas (PPGMPA) em nível de mestrado profissional e especialização. Foi criado em 2007, por iniciativa da Dra. Jussara Pereira do Nascimento, mas sofreu grande impacto com o falecimento da referida coordenadora. Cabe, no entanto, citar que foi reestruturado nos últimos anos, por meio do apoio da Pró-Reitoria de Pós-Graduação Pesquisa e Inovação da UFF e do Reuni, e que desenvolve duas áreas de concentração: Microbiologia e Parasitologia, e cinco linhas de pesquisa: Bacteriologia, Micologia, Parasitologia, Paleoparasitologia e Virologia¹⁰. As diferentes abordagens que são desenvolvidas nas duas áreas buscam oferecer uma formação multidisciplinar aos discentes, além de conhecimentos científicos avançados na área, e proporcionar a capacitação em docência de nível superior e de pesquisa. Assim, durante o curso, os alunos têm contato direto com atividades que permitem acesso à iniciação à pesquisa, ao ensino e à extensão, por meio das disciplinas oferecidas, com destaque para a de Seminários Avançados em Microbiologia e Parasitologia, onde podem participar de palestras no Centro de Estudos, que conta com a participação de importantes nomes da área e de instituições da região, como Fiocruz, Uerj, Inca, UFRJ e a própria UFF¹¹.

As atividades de pesquisa e extensão também são destaques no CMB. Elas são desempenhadas pelos departamentos de ensino por meio de seus docentes e discentes, desenvolvendo pesquisas tanto na área básica quanto na aplicada, com tecnologias que abarcam processos simples e metodologias de ponta. Cabe destacar os encontros científicos bianuais que são realizados na unidade, que têm por objetivo criar um canal de comunicação permanente entre a universidade e a comunidade, compartilhando as experiências geradas no instituto e em outros setores da UFF¹². O Departamento de Microbiologia e Parasitologia conta com 28 laboratórios de pesquisa que desenvolvem estudos em sua área, integrados aos cursos de Farmácia, Odontologia, Enfermagem, Fisioterapia, Medicina, Biologia, Veterinária, Nutrição e Biomedicina¹³. O Departamento de Farmacologia e Fisiologia conta com cinco laboratórios de pesquisa: Laboratório de Etnofarmacologia e Produtos Naturais, Laboratório de Fisiologia Cardiorrespiratória e Ciências do Exercício, Laboratório de Neurofisiologia do Comportamento, Núcleo de Ciências Comportamentais e do Desenvolvimento e Laboratório de Neuroquímica¹⁴. Já o Departamento de Morfologia desenvolve 14 linhas de pesquisas onde se destacam trabalhos que abrangem a odontologia, biologia, estudos dos rins, próstata, dentre outros temas¹⁵.

Na área da extensão são desenvolvidas 45 ações no âmbito do CMB, a começar pelo Programa de Extensão em Educação, Saúde e Bem-Estar que está diretamente vinculado ao CMB e à sua direção¹⁶. O curso de Biomedicina tem uma ação de extensão, intitulada Comemoração dos Dez anos do Curso de Biomedicina da UFF, iniciado em 2012 e ainda atuante, cujo objetivo é sensibilizar a população sobre a importância desse profissional e sua inserção na sociedade contemporânea, oferecendo à comunidade ações gratuitas como dosagem de glicose e esclarecimento sobre doenças sexualmente transmissíveis¹⁷. O Departamento de Morfologia conta com oito atividades de extensão em temáticas como educação, estratégias alternativas para a melhoria da qualidade de vida de portadores de fendas labiais, histologia para deficientes visuais, técnicas para microanálise e integração entre ensino e pesquisa dentro da área de morfologia¹⁸. O Departamento de Farmacologia e Fisiologia atua na área por meio de 27 ações extensionistas que abordam os seguintes temas: segurança de alimentos, biossegurança em ambientes coletivos, fisiologia veterinária à distância, manipulação higiênica de alimentos, tratamento do tabagismo e estudos fisioterápicos das incontinências¹⁹. Por fim, o Departamento de Microbiologia e Parasitologia dispõe de oito ações de extensão, desenvolvidas no formato pesquisa e extensão, em temas como a microbiologia e parasitologia no contexto atual, parasitoses intestinais em escolares em Niterói e atlas virtual de parasitologia²⁰.

Leia o texto na íntegra aqui

Notas

¹ BRASIL. Decreto nº 62.414, de 15 de março de 1968. Dispõe sobre a reestruturação da Universidade Federal Fluminense. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 15 mar. 1968. Disponível em: <http://www6.senado.gov.br/legislacao/ListaPublicacoes.action?id=193505&;tipoDocumento=DEC&tipoTexto=PUB113273>. Acesso em: 30 jun. 2014.

² UFF. Biblioteca do Instituto Biomédico. [2013]. Disponível em: <http://uffbib.blogspot.com.br/p/historico.html>. Acesso em: 20 fev. 2013.
³ Regido pelo Regimento Interno da unidade, aprovado pela resolução 69/75 do CUV. Este regimento foi reformulado em 1985, tendo sido aprovado no CUV através da resolução 125/85.
⁴ UFF. Instituto Biomédico. [2013]. Disponível em: <http://www.uff.br/biomedico>. Acesso em: 30 jun. 2014.
⁵ Departamento criado em 1971, oferece disciplinas de Farmacologia e Fisiologia. Cf. UFF. Instituto Biomédico. Disponível em: <http://www.uff.br/mfl.html>;. Acesso em: 30 jun. 2014.
⁶ Um dos maiores departamentos da Universidade Federal Fluminense, criado em 1968. Os cursos que se beneficiam de nossa atuação são Ciências Biológicas, Enfermagem, Farmácia, Nutrição, Medicina, Medicina Veterinária, Odontologia e Biomedicina. Cf. UFF. Instituto Biomédico. [2013]. Disponível em: <http://www.uff.br/mip.html>;. Acesso em: 30 jun. 2014.
⁷ O Departamento de Morfologia atende aos cursos de Biomedicina, Biologia, Enfermagem, Educação Física, Farmácia, Medicina, Medicina Veterinária, Nutrição, Odontologia e Psicologia. Cf. UFF. Instituto Biomédico. [2013]. Disponível em: <http://www.uff.br/morfologia.html>;. Acesso em: 30 jun. 2014.
⁸ UFF. Instituto Biomédico. [2013]. Disponível em: <http://www.uff.br/biomedico.html>. Acesso em: 30 jun. 2014.
⁹ UFF. Pró-Reitoria de Graduação. Dados dos cursos de graduação – Biomedicina. 2011. Disponível em: <http://www.prograd.uff.br/novo/cursos/graduacao/biomedicina.html>;. Acesso em: 30 jun.2014.
¹⁰ UFF. Instituto Biomédico. Programa de Pós-Graduação em Microbiologia e Parasitologia. [2014]. Disponível em: <http://www.pgmip.uff.br/?q=historico.html>. Acesso em: 1 jul.2014.
¹¹ UFF. Instituto Biomédico. Programa de Pós-Graduação em Microbiologia e Parasitologia. [2014]. Disponível em: <http://www.pgmip.uff.br/?q=objetivos.html>;. Acesso em: 1 jul.2014.
¹² UFF. Instituto Biomédico. [2013]. Disponível em: <http://www.uff.br/biomedico.html >. Acesso em: 30 jun. 2014.
¹³ UFF. Instituto Biomédico. [2013]. Disponível em: <http://www.uff.br/mip.html>. Acesso em: 30 jun. 2014.
¹⁴ UFF. Instituto Biomédico. Disponível em: <http://www.uff.br/mfl.html>;. Acesso em: 30 jun.2014.
¹⁵ As linhas de pesquisa existentes no Departamento de Morfologia são Análise Estrutural e Ultraestrutural da Próstata, Hiperplásica e Tumoral em Humanos e Modelos Animais, Biomorfologia da Próstata Normal e Hiperplásica, Distribuição Vascular em Órgãos e Sistemas, Estudos Interdisciplinares em Medicina Interna (EMI), Biomorfologia do Pênis, Biomorfologia do Sistema Urinário, Histogênese e Reações de Tecidos Embrionários às Agressões, Histogênese e Reações de Tecidos Dentários e Periodontais às Agressões, Propriedades Biologias dos Cimentos e de Substâncias Auxiliares do Tratamento Endodôntico. Cf. UFF. Instituto Biomédico. [2013]. Disponível em: <http://www.uff.br/morfologia.html>;. Acesso em: 30 jun.2014.
¹⁶ BRASIL. Ministério da Educação. Sistema de Gestão e Projetos. Sigproj – Sistema de Informação e Gestão de Projetos. 2014. Disponível em: <http://sigproj1.mec.gov.br/resultado.consulta.php?titulo=&;bedital=0&protocolo=&processo=&tipo=0&palavras=&resp=&area=0&inst=123&apro=1070&exec=3640&sit=0&ordenar=1&direcao=1&inicio=0-00&termino=0-00&regiao=Sudeste&estado=2&bplataforma=1>. Acesso em: 27 jun. 2014.
¹⁷ BRASIL. Ministério da Educação. Sistema de Gestão e Projetos. Sigproj – Sistema de Informação e Gestão de Projetos. 2014. Disponível em: <http://sigproj1.mec.gov.br/resultado.consulta.php?titulo=&;bedital=0&protocolo=&processo=&tipo=0&palavras=&resp=&area=0&inst=123&apro=1070&exec=3640&sit=0&ordenar=1&direcao=1&inicio=0-00&termino=0-00&regiao=Sudeste&estado=2&bplataforma=1>. Acesso em: 27 jun. 2014.
¹⁸ A lista com a relação completa das ações extensionistas desse departamento está disponível no site do Sigproj. Cf. BRASIL. Ministério da Educação. Sistema de Gestão e Projetos. Sigproj – Sistema de Informação e Gestão de Projetos. 2014. Disponível em: <http://sigproj1.mec.gov.br/resultado.consulta.php?titulo=&;bedital=0&protocolo=&processo=&tipo=0&palavras=&resp=&area=0&inst=123&apro=1070&exec=3640&sit=0&ordenar=1&direcao=1&inicio=0-00&termino=0-00&regiao=Sudeste&estado=2&bplataforma=1>. Acesso em: 27 jun. 2014.
¹⁹ A lista com a relação completa das ações extensionistas desse departamento está disponível no site do Sigproj. Cf. BRASIL. Ministério da Educação. Sistema de Gestão e Projetos. Sigproj – Sistema de Informação e Gestão de Projetos. 2014. Disponível em: <http://sigproj1.mec.gov.br/resultado.consulta.php?titulo=&;bedital=0&protocolo=&processo=&tipo=0&palavras=&resp=&area=0&inst=123&apro=1070&exec=3640&sit=0&ordenar=1&direcao=1&inicio=0-00&termino=0-00&regiao=Sudeste&estado=2&bplataforma=1>. Acesso em: 27 jun. 2014.
²⁰ A lista com a relação completa das ações extensionistas desse departamento está disponível no site do Sigproj. Cf. BRASIL. Ministério da Educação. Sistema de Gestão e Projetos. Sigproj – Sistema de Informação e Gestão de Projetos. 2014. Disponível em: <http://sigproj1.mec.gov.br/resultado.consulta.php?titulo=&;bedital=0&protocolo=&processo=&tipo=0&palavras=&resp=&area=0&inst=123&apro=1070&exec=3640&sit=0&ordenar=1&direcao=1&inicio=0-00&termino=0-00&regiao=Sudeste&estado=2&bplataforma=1>. Acesso em: 27 jun. 2014.

De 1965 aos dias atuais, a Faculdade de Medicina da UFF manteve o perfil de referência em sua área de saber. A conquista do Hospital Antônio Pedro propiciou um local apropriado para a realização das aulas práticas com os discentes e para o desenvolvimento de pesquisas que merecem destaque nas diversas áreas da medicina. A criação na década de 1970 da residência médica, durante a gestão do professor Manoel de Almeida, primeiro presidente do hospital após a doação para a universidade, é outro destaque.

Os preceitos da medicina moderna, com a adoção das novas tecnologias e modificações nessa área, trouxe um novo debate sobre o ensino da medicina no final da década de 1970, que se refletiu no curso de Medicina da UFF, principalmente na década seguinte, quando a faculdade reformulou o seu currículo em meio a este debate, no intuito de acompanhar as principais mudanças advindas dessas novas tecnologias em sua área de saber¹. Segundo afirmou o Prof. Dr. Luiz Santini², a incorporação dos avanços tecnológicos que a área conquistou, sem perder o aspecto humanístico da profissão, produziu a aprovação de um currículo, com um caráter mais amplo e humanístico, que vigorou até a década de 1990, quando a faculdade completou 70 anos³.

Atualmente a Faculdade de Medicina da UFF⁴ oferece a graduação em Medicina, com titulação de bacharel em Ciências Médicas, em um curso com duração mínima e máxima entre 11 e 18 semestres letivos. Cabe observar que os últimos quatro períodos são constituídos pelo estágio supervisionado e pela residência médica.

Atualmente, a faculdade oferece diversos cursos na pós-graduação Lato Sensu, com duração de dois anos, nas especializações, a saber: Cardiologia, Anestesiologia, Cirurgia Geral, Cirurgia Plástica, Dermatologia, Doenças Infectocontagiosas, Doenças Sexualmente Transmissíveis, Gastroenterologia, Gerontologia e Geriatria Interdisciplinar, Hematologia, Medicina Tradicional Chinesa/Acupuntura, Oftalmologia, Otorrinolaringologia e Broncoesofagologia, Análises Clínicas, Pneumologia, Radiologia, Saúde da Criança e do Adolescente e Tocoginecologia⁵.

A Faculdade de Medicina da UFF também se destaca na área de pós-graduação Stricto Sensu, com cinco programas de pós-graduação. A iniciativa de criação do Programa de Pós-Graduação em Neurologia remonta ao período de implementação da Residência Médica no Huap, 1975. Com a criação do curso de Especialização em Neurologia, em 1982, mais um passo foi dado na direção do Programa de Mestrado, oficializado e credenciado na Capes em 1989. Na década seguinte foi aberto o Doutorado (1994) e, a partir do aumento da demanda e da ampliação dessa área de estudo, o programa foi reformulado em 2006, passando a contemplar duas áreas de concentração: Neurologia e Neurociências tanto no mestrado quanto no doutorado⁶.

A pós-graduação em Ciências Cardiovasculares surgiu em 1985, oferecendo o mestrado em Cardiologia, voltado para a pesquisa das doenças cardiovasculares e estímulo à docência. Em 1988, após avaliações internas e recomendação da Capes⁷, houve um redimensionamento de seu corpo docente, a reestruturação das disciplinas e o estímulo à publicação de artigos originais em periódicos de impacto internacional, dando ao programa um novo perfil, com um número maior de defesas e baixíssimo índice de evasões. Esclarecemos que este programa visa formar profissionais para colaborar nas investigações sobre o funcionamento do sistema cardiovascular, assim como para buscar soluções na prevenção e tratamento das doenças cardiovasculares que beneficiem a sociedade. Em 2008, com a elevação do conceito do programa pela Capes, veio a aprovação do doutorado que em 2009, aprovou seis ingressantes e que se encontra em fase de expansão⁸.

O Programa de Pós em Ciências Médicas foi criado em 1971, e durante os anos seguintes foram criados diversos outros, a partir das disciplinas dos departamentos da Faculdade de Medicina, porém, em 1998, estes cursos foram reunidos em um programa institucionalizado e integrado, a partir da proposta de reformulação dos cursos de pós, encaminhada pela Capes. O programa oferece mestrado, que foi credenciado pela Capes em 2002, e mais recentemente o doutorado, que objetiva formar professores e pesquisadores de alto nível e tem a área de concentração em Ciências Médicas⁹.

O Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Patologia foi iniciado em 1972, como um dos pioneiros do Brasil, formando mais de 150 especialistas dentre mestres e doutores, durante os anos de 1978 e 1994. O número de titulados foi ampliado a partir dos anos 2000, assim como as áreas de abrangência, com a inserção das vertentes Anatomia Patológica e Patologia Experimental¹⁰. Em 2005, o mestrado em Patologia Bucodental foi incorporado ao programa que atualmente concentra linhas de pesquisa que estudam a etiopatologia e morfologia das doenças de vários órgãos e sistemas, com especial atenção aos estudos de dermatopatologia, neuropatologia, patologia neurológica, materno-infantil e Aids, e tem por base formar especialistas que atuem nessas áreas da medicina¹¹.
Por fim, o Programa de Pós-Graduação em Saúde Materno-Infantil que disponibiliza o Mestrado Profissional em Saúde da Criança e do Adolescente¹², Saúde da Mulher e da Gestante e Atenção Integrada à Saúde da Mulher e Criança, contando com laboratórios para pesquisa dos discentes e desenvolvimento de pesquisas, que objetivam a formação de profissionais de excelência que possam contribuir para a promoção da saúde e da cura de patologias que atingem em cada uma das áreas citadas, ou seja, o público-alvo: criança, adolescente e a mulher gestante.

As atividades e projetos de pesquisa desenvolvidos no âmbito da Faculdade de Medicina ganham relevo no cenário brasileiro. Eles são desenvolvidos por professores e estudantes e estão ligados respectivamente ao seu Programa de Pós-Graduação. São projetos de pesquisa desenvolvidos em áreas do saber como saúde materno-infantil, patologias, ciências médicas, neurologia e ciências cardiovasculares¹³. O conjunto dos projetos de pesquisa que se desenvolve na faculdade estimula os pilares que compõem a universidade: o ensino, a pesquisa e a extensão, estimulando o progresso da descoberta de soluções para inúmeras doenças que ainda demandam pesquisa e análises para a descoberta da cura¹⁴.

Neste momento, a Faculdade de Medicina reúne mais de 30 projetos de extensão cadastrados no Sigproj, demonstrando e comprovando a tradição dessa unidade no cuidado e prestação de serviços à comunidade de Niterói e seu entorno. Dentre as muitas atividades e serviços prestados pelo Hospital Universitário Antônio Pedro, destacaremos cinco exemplos destes importantes projetos: Programa de Controle da Tuberculose Hospitalar do Huap, Litre-UFF (Liga de Trauma, Reanimação e Emergência - 17 de dezembro de 1961), Cuide-se: Atenção à Saúde do Cuidador Familiar de Idosos Demenciados e Grupo Transdiscisplinar de Estudo e Tratamento do Alcoolismo e Outras Dependências¹⁵.

Notas

¹ Entrevista com o Prof. Dr. Manoel de Almeida, concedida à equipe de pesquisa do NAV - UFF. MARTINS, Ismênia de Lima; ROMÊO, Eliane. (Org.). Medicina da UFF-70 anos: depoimentos. Niterói: UFF, Núcleo de Audiovisual, 1995. 1 DVD.
² MARTINS; ROMÊO, 1995.
³ Depois da alteração curricular da década de 1990, houve mais uma alteração curricular em 2008, segundo informou o secretário do curso em outubro de 2013.
⁴ Cabe citar que o Instituto de Saúde da Comunidade se desdobrou da Faculdade de Medicina da UFF e que de 1968 até 1996, o atual instituto era denominado Departamento de Saúde da Comunidade e pertencia à Faculdade de Medicina.
⁵ UFF. Reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa e Inovação. Sistemas UFF. [201-?]. Disponível em: <https://sistemas.uff.br/sispos/candidatura/cursos?tipo_curso=1.html>. Acesso em: 31 out. 2013.
⁶ PAULA, Maria de Fátima. A Universidade Federal Fluminense no cenário do Estado do Rio de Janeiro. Florianópolis: Insular, 2008, p. 59.
⁷ UFF. Programa de Pós-Graduação em Ciências Cardiovasculares. [201-?]. Disponível em: <http://www.poscardio.uff.br/historico.html>. Acesso em: 1 nov. 2013.
⁸ UFF. Programa de Pós-Graduação em Ciências Cardiovasculares. [201-?].
⁹ UFF. Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas. [201-?]. Disponível em: <http://www.cienciasmedicas.pos.uff.br/index.php?option=com_content&;view=article&id=11&Itemid=1.html>. Acesso em: 1 nov. 2013.
¹⁰ UFF. Programa de Pós-Graduação em Patologia. [201-?]. Disponível em: <http://www.patologia.pos.uff.br/index.php?option=com_content&;view=article&id=2&Itemid=13.html>. Acesso em: 1 nov. 2013.
¹¹ PAULA, 2008, p. 54.
¹² UFF. Programa de Pós-Graduação em Saúde Materno-Infantil. [201-?]. Disponível em: <http://www.uff.br/mesmip/index.php/linhas-de-pesquisa.html>. Acesso em: 1 nov. 2013.
¹³ A lista com o total de projetos de pesquisa dessa unidade pode ser acessada a partir dos sites de cada um dos programas.
¹⁴ PAULA, 2008, p. 59-66.
¹⁵ Para conferir a lista completa com todos os projetos de extensão dessa unidade, consultar o site do BRASIL. Ministério da Educação. 2013. Sistema de Informação e Gestão de Projetos. Disponível em: <http://sigproj1.mec.gov.br/resultado.consulta.php?titulo=&;bedital=0&protocolo=&processo=&tipo=0&palavras=&resp=&area=0&inst=123&apro=1073&exec=0&sit=0&ordenar=1&direcao=1&inicio=0-00&termino=0-00&regiao=Sudeste&estado=2&bplataforma=1.html>. Acesso em: 8 out. 2013.