O Instituto de Química da UFF foi inaugurado em 1968, pelo decreto 62.414, de 15 de março de 1968, que criou oito novas unidades de ensino na UFF1. No momento de sua criação, oferecia créditos apenas para os estudantes de Farmácia2, mas, com os desdobramentos ocorridos a partir da Reforma Universitária, passou a disponibilizar disciplinas também para os cursos de Engenharia, Nutrição, Medicina Veterinária, Física e Geografia. Dois anos depois, em 8 de março de 1970, o Conselho de Ensino e Pesquisa (CEP), através da resolução 16/70, autorizou o início das atividades do primeiro curso da unidade, a licenciatura em Química, que foi iniciado no segundo semestre do mesmo ano. Sua primeira turma formou-se em 19743.

A partir de 1976, intensificou-se o processo de crescimento do IQ, com o reconhecimento da Licenciatura em Química pelo Conselho Federal de Educação, através do decreto nº 78.519, de 30 de setembro de 1976, e com a implementação do curso de Química Industrial no mesmo ano, reconhecido pelo Ministério da Educação através da portaria 415, de 15 de agosto de 1979. Foi também o momento de construção de bases e de consolidação da posição do instituto na universidade4, que durante todo esse período, dispunha apenas de um departamento. Em 1984, o Departamento de Química foi desmembrado em outros cinco: Departamento de Química Analítica, Departamento de Química Geral e Inorgânica, Departamento de Química Orgânica, Departamento de Físico-Química e Departamento de Geoquímica. Nesse mesmo ano, foi criado o curso de bacharelado em Química5.

Hoje, a graduação em Química da UFF forma profissionais capazes de atuar no ensino médio e superior, na pesquisa, com a realização de ensaios, estudos, experimentos e análises de caráter prático relacionado à composição e transformações de propriedades químicas de substâncias, e em indústrias, conforme a habilitação escolhida pelo estudante, disponibilizando as seguintes habilitações: licenciatura em Química, bacharelado em Química e graduação em Química Industrial, cada qual com duração mínima de oito e máxima de 16 semestres letivos6.

Ao longo dos últimos 30 anos, a expansão do IQ também se fez notar com a oferta de disciplinas para outros cursos da UFF, dentre os quais Ciências Biológicas, Engenharia, Engenharia do Petróleo, Veterinária, Nutrição, Química Industrial e Farmácia7. Durante essa trajetória, foram desenvolvidos os campos da pesquisa, da pós-graduação e da extensão8. Dispõe de dois programas de Pós-Graduação Stricto Sensu, nos níveis de mestrado e doutorado, um em Geoquímica e o outro em Química. O Programa de Pós-Graduação em Geoquímica é um dos mais antigos da universidade. Seu mestrado foi implementado em 1972 e o doutorado em 1991, ambos com área de concentração em geoquímica ambiental e voltados para a formação integrada de docentes do magistério superior e de pesquisadores, que atendam às necessidades de desenvolvimento do país9. Além de ser um dos mais antigos, é um dos mais conceituados, com conceito 6 da Capes.

O Programa de Pós-Graduação em Química, em nível de mestrado e doutorado, surgiu em 2008, da unificação de dois outros programas: o de Química Orgânica e o de Química. De caráter interdepartamental, busca promover a formação e o aprimoramento de alto nível voltado para o ensino e para a pesquisa, visando desenvolver pesquisas que contemplem todas as áreas de concentração da química, que se reflete nas diferentes linhas de pesquisa, como cinética e catálise; desenvolvimento e aplicação de métodos analíticos; eletroquímica e nanomateriais eletroativos; espectroscopia; modelagem molecular e química computacional; química ambiental; química bioinorgânica, bioorgânica e bioanalítica; química de petróleo, gás natural e combustíveis alternativos; química de produtos naturais; compostos e materiais moleculares; e síntese orgânica10.

O Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências da Natureza da Universidade Federal Fluminense oferece o mestrado profissional nessa área. Foi reconhecido pela Capes em dezembro de 2011, com área de concentração em Ensino de Química e Ensino de Física, e três linhas de pesquisa: novas tecnologias de informação e comunicação para o ensino; ensino-aprendizagem; e educação em ciências e a divulgação científica. O objetivo do programa é proporcionar ao discente formação sólida, reflexiva e crítica, apoiada tanto na prática quanto no conhecimento de pesquisas nas áreas de ensino das ciências11.
O instituto desenvolve pesquisas em seus laboratórios e em conjunto com os departamentos de ensino e os programas de pós-graduações. Os laboratórios de Difração de Raios X e Cristalografia (LDRX); Espectroscopia Vibracional (Lasia); Química Teórica e Química Computacional (LQC); Síntese e Estudo de Materiais Moleculares (Magmol) e Síntese Inorgânica (LFRX)12 estão vinculados ao Departamento de Química. O Departamento de Química Orgânica conta com mais de 20 laboratórios: 14 deles envolvidos com pesquisa, cinco voltados para a graduação, um de Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (HPLC), um de Infravermelho, um de Ultravioleta e um de Espectroscopia de Ressonância Magnética Nuclear (RMN). As linhas de pesquisa desenvolvidas no Departamento de Química Orgânica contemplam as seguintes áreas: síntese orgânica; química dos produtos naturais; ensino de química; química ambiental; química de petróleo, gás natural e combustíveis alternativos; espectroscopia; modelagem molecular e química computacional e fotoquímica13.

No trabalho desenvolvido pelo Instituto de Química no campo da extensão, o Departamento de Físico-Química desenvolve o projeto Em Busca de Uma Cidade Segura e outros voltados diretamente para a área educacional, como a preparação de alunos da comunidade para as provas do Enem e os pré-vestibulares: Solidário X, Popular Motivação e Universitário Reação14. A área de química analítica desenvolve o curso de Nivelamento em Química15, e o Departamento de Química Geral e Inorgânica atua nas áreas temáticas de instrumentalização e contextualização para o ensino das ciências, lixo tecnológico: recuperação e andamento de seus componentes, gestão de resíduos químicos no Instituto de Química da UFF e descobrindo a ciência-elaboração de oficinas temáticas para a divulgação científica16. As ações de extensão desenvolvidas pelo Departamento de Química Orgânica, voltadas para a área educacional, são formação do professor na UFF: contribuições para a inclusão social, formação continuada de professores na Casa da Descoberta e relações divertidas: curiosidades de química na Casa da Descoberta17.

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Notas

1 A partir do decreto foi estabelecida a criação dos seguintes institutos: Química, Física, ICHF,Faculdade de Educação,Geociências,Letras, Matemática e IACS. Cf. BRASIL. Decreto nº 62.414, de 15 de março de 1968. Dispõe sobre a reestruturação da Universidade Federal Fluminense. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 15 mar. 1968. Disponível em: <http://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1960-1969/decreto-62414-15-marco-1968-403562-publicaca >. Acesso em: 20 jun. 2014.
2 UFF. Instituto de Química da UFF. [2013]. Disponível em: <http://www.uff.br/quimica/index. php?option=com_content&task=view&id=15&Itemid=34>. Acesso em: 7 mar. 2013.
3 UFF. Instituto de Química da UFF. [2013]. Disponível em: <http://www.uff.br/ggq/?page_id=91>;. Acesso em: 20 jun. 2014.
4 BRASIL. Decreto nº 78.519, de 30 de setembro de 1976. Reconhece o Curso de Química da Universidade Federal Fluminense. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 01 out. 1976. Disponível em: <http://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1970-1979/decreto-78519-30-setembro-1976-427358-publicacaooriginal-1-pe.html >. Acesso em: 7 mar. 2013.
5 UFF. Instituto de Química da UFF. [2013]. Disponível em: <http://www.uff.br/quimica/index. php?option=com_content&task=view&id=15&Itemid=34>. Acesso em: 7 mar. 2013.
6 UFF. Pró Reitoria de Graduação. Química. 2011. Disponível em: <http://www.prograd.uff.br/novo/cursos/graduacao/quimica>;. Acesso em: 7 mar. 2013.
7 UFF. Instituto de Química da UFF. [2013]. Disponível em: <http://www.uff.br/quimica/index. php?option=com_content&task=view&id=15&Itemid=34>. Acesso em: 7 mar. 2013.
8 UFF. Instituto de Química da UFF. [2013]. Disponível em:<http://www.uff.br/quimica/index. php?option=com_content&task=view&id=15&Itemid=34>. Acesso em: 7 mar. 2013.
9 UFF. Instituto de Química. Programa de Pós-Graduação em Geoquímica. [2014]. Disponível em: <http://www.geoquimica.uff.br.html>;. Acesso em: 20 jun. 2014.
10 UFF. Instituto de Química. Programa de Pós-Graduação em Química. [2014]. Disponível em: <http://www.uff.br/posquimica.html>;. Acesso em: 20 jun. 2014.
11 UFF. Instituto de Química. Programa de Pós-Graduação em Ciências da Natureza. [2014]. Disponível em: <http://www.uff.br/mestrado-ensino-ciencias.html>;. Acesso em: 20 jun. 2014.
12 UFF. Instituto de Química da UFF. Departamento de Química Inorgânica. [2014]. Disponível em: <http://www.uff.br/gqi/pesquisa/pesquisa.html>;. Acesso em: 23 jun. 2014.
13 UFF. Instituto de Química da UFF. Departamento de Química Orgânica. [2014]. Disponível em: <http://www.uff.br/organica/arquivos/departamento.htm>. Acesso em: 23 jun. 2014.
14 Maiores informações a respeito consultar o site do Sistema de Gestão e Projetos. SIGPROJ. Cf. BRASIL. Ministério da Educação. Sistema de Informação e Gestão de Projetos. 2013. Disponível em: <http://sigproj1.mec.gov.br/resultado.consulta.php?titulo=&;bedital=0&protocolo=&processo=&tipo=0&palavras=&resp=&area=0&inst=123&apro=1082&exec=2846&sit=0&ordenar=1&direcao=1&inicio=0-00&termino=0-00&regiao=Sudeste&estado=2&bplataforma=1>. Acesso em: 23 jun. 2014.
15 Maiores informações a respeito consultar o site do Sistema de Gestão e Projetos. SIGPROJ. Cf. BRASIL. Ministério da Educação. Sistema de Informação e Gestão de Projetos. 2013. Disponível em: <http://sigproj1.mec.gov.br/resultado.consulta.php?titulo=&;bedital=0&protocolo=&processo=&tipo=0&palavras=&resp=&area=0&inst=123&apro=1082&exec=2848&sit=>. Acesso em: 23 jun. 2014.
16 Maiores informações a respeito consultar o site do Sistema de Gestão e Projetos. SIGPROJ Cf. BRASIL. Ministério da Educação. Sistema de Informação e Gestão de Projetos. 2013. Disponível em:<http://sigproj1.mec.gov.br/resultado.consulta.php?titulo=&;bedital=0&protocolo=&processo=&tipo=0&palavras=&resp=&area=0&inst=123&apro=1082&exec=2849&sit=0&ordenar=1&direcao=1&inicio=0-00&termino=0-00&regiao=Sudeste&estado=2&bplataforma=1>. Acesso em: 23 jun. 2014.
17 Maiores informações a respeito consultar o site do Sistema de Gestão e Projetos. SIGPROJ. Cf. BRASIL. Ministério da Educação. Sistema de Informação e Gestão de Projetos. 2013. Disponível em: <http://sigproj1.mec.gov.br/resultado.consulta.php?titulo=&;bedital=0&protocolo=&processo=&tipo=0&palavras=&resp=&area=0&inst=123&apro=1082&exec=2850&sit=0&ordenar=1&direcao=1&inicio=0-00&termino=0-00&regiao=Sudeste&estado=2&bplataforma=1>. Acesso em: 23 jun. 2014.

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